Às vezes utilizamos palavras como melancolia, apego, inveja ou agressividade sem nunca termos nos questionado sobre o que são esses sentimentos, qual é a profundidade desses conceitos… De onde eles vem? O que eles podem gerar em nosso corpo físico e psíquico? Quais outros fatores eles implicam em nossas relações? Como neutralizar certos sentimentos e potencializar outros? Quais caminhos podemos percorrer rumo ao autoconhecimento e, assim, ao conhecimento de quem está ao nosso redor? Esta obra, Poemas Terapêuticos, nos leva à profundidade de nossas próprias experiências sensíveis, ao alcance da auto lapidação, através da beleza poética – algumas delas em tom de nos fazer “fincar os pés no chão”, outras convertidas em orações sublimes, todas elas a nos expandir a consciência – misturada à pitadas filosóficas, ao olhar pragmático, científico, à sensibilidade sistêmica da autora, somada ainda às delicadas e expressivas ilustrações de Nayane L. Fajardo. Pela navegação dentro de nossas próprias águas, Elen Piccinini nos conduz a questionamentos que podem perturbar, tais como: quais armaduras você usa para isolar-se daqueles “medos que você não quer ver?”, ou “O que faltou em você para impedir que o outro te ferisse?”, ou também, “O que você não suporta ter que esperar? E quando é o outro que tem que esperar por você, como você reage?”. Além disso, Elen nos propõe “tarefas de casa”, do tipo que dificilmente teríamos coragem ou esclarecimento de nos fazer sem o toque de uma grande pessoa ou de uma profissional. Como se pode notar, a quem se permitir, Poemas Terapêuticos não é um livro pra simplesmente ler, mas sim para transcrever por aí (na porta de seu quarto, nos cartões por amikoj, enfim, em qualquer lugar, ) para que se possa refletir, remoer, reler e renascer.